Árvores em ambientes urbanos podem evitar crises de asma
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Habitar num ambiente urbano poluído, mas com muitas árvores pode reduzir o risco de hospitalização devido a uma crise de asma, sugere um estudo recente.
O estudo liderado por Ian Alcock, investigador na Faculdade de Medicina da Universidade de Exeter, Inglaterra, teve por objectivo investigar o impacto dos espaços verdes sobre a asma e apurou que a presença de muitas árvores em ambientes urbanos muito poluídos pode promover, com efeito, uma melhor saúde respiratória.
A equipa de investigadores conduziu a sua análise a partir de 650.000 casos de crises de asma graves ao longo de um período de 15 anos. Foram estabelecidas comparações entre as hospitalizações de urgência em 26.000 áreas urbanas em Inglaterra.
Os investigadores estabeleceram uma associação particularmente forte entre a existência de árvores em zonas urbanas muito poluídas e uma menor incidência de casos de asma que necessitaram de tratamento de urgência.
Em particular, numa zona urbana com um nível elevado de poluição atmosférica, como por exemplo cerca de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m3) de partículas finas (PM2.5) ou uma concentração de dióxido de nitrogénio de cerca de 33 μg/m3, a presença de 300 árvores adicionais por quilómetro quadrado foi associada a cerca de menos 50 casos de asma urgentes por cada 100.000 habitantes, durante o período de estudo.
Segundo a equipa, estes achados poderão ter implicações importantes sobre as directrizes de planeamento e saúde pública e sugerem que a plantação de árvores poderá ajudar a reduzir os efeitos nocivos da poluição atmosférica causada pelo trânsito automóvel.
Em Inglaterra, no decorrer do último ano foram reportados casos de asma em 18% dos adultos e 25% dos jovens de 13 e 14 anos relataram sintomas da doença.
Estudo publicado na “Environment International”