Álcool e tabaco são as substâncias que mais ameaçam a saúde global
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Um novo estudo indicou que o uso de álcool e tabaco em 2015 custou à população humana mais de 250 mil milhões de anos-vida ajustados à incapacidade e as drogas ilícitas arremataram umas dezenas de milhão.
Esta foi até à data a investigação melhor e mais actualizada sobre o efeito do uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas sobre a prevalência de doenças e morte.
O estudo que foi conduzido por uma equipa internacional de investigadores de várias instituições académicas e científicas, apurou que o tabaco foi, de todas, a substância que mais afectou a saúde e as drogas ilícitas a que menos afectou.
As estimativas globais apontam que 15,2% dos adultos sejam fumadores e que cerca de 20% dos adultos tenham relatado beber álcool excessivamente pelo menos uma vez no último mês.
Comparando com o resto do mundo, foi na Europa de Leste, Central e Ocidental que se registou um consumo mais elevado de álcool per capita e uma maior percentagem de consumo excessivo entre os utilizadores daquele tipo de bebidas. O mesmo se aplicou para o consumo de tabaco, com 24,2% de fumadores na Europa de Leste, 23,7% na Central e 20,9% na Ocidental.
Por outro lado, o uso de drogas ilícitas foi bem mais reduzido naquelas partes da Europa, calculando-se que menos de uma em 20 pessoas tenham usado canábis no último ano e ainda menos pessoas a usarem anfetaminas, opiáceos e cocaína.
Os maiores índices de uso de drogas ilícitas verificaram-se em zonas do Canadá, EUA e Australásia. Os EUA e Canadá registaram as maiores taxas de dependência de canábis, cocaína e opiáceos. Na Australásia verificou-se uma maior dependência de anfetaminas, e ainda uma dependência elevada de canábis, opiáceos e cocaína.
Em alguns países e regiões, como África, América Latina e Ásia os dados sobre o uso de substâncias e efeito sobre a saúde são muito limitados ou inexistentes, já que muitos são países com políticas punitivas sobre as drogas e podem experienciar turbulência política e social grave. São países que necessitam de maior monitorização pois estão em risco de terem um aumento rápido de consumo de substâncias, dizem os autores.
Via: Estudo publicado na revista “Addiction”, artigo