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É mesmo necessário proibir comida durante o parto?

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Um grupo de parturientes que tiveram a permissão de comer e beber durante o trabalho de parto não demonstraram aumentos nos riscos maternos e neonatais.

A conclusão foi retirada de um estudo de enfermagem conduzido em vários hospitais norte-americanos e sugere que permitir às futuras mães ingerirem líquidos e sólidos durante o trabalho de parto não afecta os resultados maternos e neonatais de forma negativa.

Como se sabe, a não permissão de consumo oral durante o trabalho de parto deve-se ao risco de vómito e inalação em caso de ser necessária intervenção cirúrgica com anestesia geral. No entanto, este tipo de anestesia é cada vez menos usado nos partos devido à evolução das anestesias epidural e espinhal.

Para o estudo, Anne-Shea Lewis e equipa do Hospital St. Charles em Port Jefferson, Nova Iorque, analisaram os registos clínicos de 2.797 mulheres em trabalho de parto que tinham sido admitidas num hospital entre 2008 e 2012. A mediana de idades das parturientes era de 31 anos.

Uma das equipas médicas autorizou as grávidas a consumirem bebidas e alimentos livremente, e outros quatro grupos mantiveram as pacientes em estado de NPO (“nil per os” ou nada pela boca). Os resultados maternos e neonatais foram comparados entre as parturientes que tinham permanecido em jejum (1.599) e as que tinham ingerido alimentos durante o parto (1.198).

Leia também:  Epidural não faz prolongar o trabalho de parto

Os dois grupos foram considerados como sendo “suficientemente equivalentes”, tendo sido identificadas complicações na gravidez em 14% das parturientes em jejum e em 20% das parturientes com liberdade de ingerirem alimentos líquidos e sólidos liberalmente.

Como resultado, foi observado que o grupo NPO teve uma incidência significativamente mais elevada de complicações durante o trabalho de parto e expulsão, em comparação com o outro grupo. As mulheres do grupo NPO foram também mais propensas a terem uma cesariana não planeada. Os resultados neonatais não foram muito diferentes entre os dois grupos.

“Os achados deste estudo suportam um relaxamento nas restrições no consumo oral em casos de parto não complicado”, escreveu Anne Shea-Lewis.

Via: Estudo publicado na revista “American Journal of Nursing”, artigo

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rickyunic

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