Induzir parto às 39 semanas reduz risco de cesariana
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Um novo estudo indicou que relativamente ao parto quando a gestação chega às 39 semanas, é melhor induzi-lo do que esperar para ver o que acontece.
Esta conclusão foi retirada num estudo conduzido por investigadores da Faculdade de Medicina Morsani da Universidade da Flórida do Sul, após ter sido demonstrado que grávidas que tinham tido o parto induzido artificialmente às 39 semanas de gestação, em vez de se esperar pelas 41 semanas, reduzia o risco de parto por cesariana e outras complicações graves para a mãe e bebé.
Normalmente, os obstetras recomendam o procedimento de indução do parto às 41 semanas de gestação pois nessa altura temos o que se considera ser uma gestação pós-termo, em que a placenta tem mais dificuldades em proporcionar os nutrientes essenciais, assim como oxigénio ao feto. Consequentemente, aumenta o risco de natimortalidade e de complicações para a mãe.
Os investigadores, liderados por Charles Lockwood, propuseram-se assim avaliar os efeitos de induzir o parto às 41 semanas, sobre grávidas saudáveis que iam ser mães pela primeira vez. Para o propósito, a equipa elaborou um modelo matemático baseado nos dados de cerca de 100.000 pacientes.
Como resultado, a indução do parto às 41 semanas de gestação, comparada com a indução às 39 semanas, resultou num aumento de nascimentos por cesariana (35,9% contra 13,9%), complicações maternas, como pré-eclampsia e ruptura uterina (21,2% contra 16,5%), nados-mortos (0,13% contra 0%), morte neonatal (0,25% contra 0,12%) e complicações neonatais graves, como problemas respiratórios (12,1% contra 9,4%).
O autor principal do estudo comentou os achados: “por vezes os médicos fazem algo porque é a forma como tem sido feito desde sempre. Estes achados demonstram a importância de uma investigação baseada em evidência para informar e moldar os padrões dos cuidados”.
Via: Estudo publicado na revista “PLOS One”, 25