2 time-lapses da rotação da Terra que vão mudar a sua pespectiva
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
O seu mundo já ficou virado de cabeça para baixo? Isso aconteceria todos os dias se ficássemos fixos nas estrelas. Do local onde estamos, na Terra, é fácil esquecermo-nos que o nosso planeta está em contante rotação. A maioria dos time-lapses do céu faz com que pareça que o céu é que está a girar ao nosso redor, mas na verdade é o contrário.
O astrofotógrafo, Bartosz Wojczyński, criou um time-lapse (lapso de tempo) hipnotizante que mostra a Terra girando ao longo de 24 horas, utilizando o céu como ponto de referência, em vez da terra.
O fotógrafo polaco fotografou em Tivoli, Namíbia, onde usou uma lente Irix 15mm f/2.4 numa Nikon D810, numa plataforma de rastreamento celestial e estável de alta precisão, SW Star Adventurer.
Durante 23 horas e 56 minutos, Wojczyński fotografou um frame a cada minuto. Combinou os frames num vídeo de time-lapse e repetiu a sequência sessenta vezes para criar o vídeo 4K de 24 minutos.
Outro astrofotógrafo, Aryeh Nirenberg, também criou um vídeo deslumbrante, que faz com que a realidade pareça incrivelmente assimétrica.
Nirenberg fez uma série de fotografias a cada 12 segundos por cerca de 3 horas, e conseguiu capturar a rotação da terra em relação à Via Láctea.
Utilizou uma plataforma de rastreamento celestial, que é uma ferramenta muito utilizada em astrofotografia e que permite rastrear estrelas e planetas conforme eles se movem no céu, imitando a rotação constante da Terra.
À medida que o nosso planeta gira em torno do Sol, a Terra gira num eixo que vai do Norte ao Sul, girando a cerca de 1600km por hora. O tempo que leva para completar essa rotação, perfazendo uma volta completa, é chamado de dia sideral, que não é exactamente 24 horas, mas sim 23,9344696 horas.
A plataforma é alinhada à Estrela do Norte e gira a câmara a uma taxa de 15º por hora, que é a mesma taxa de rotação da Terra. Assim, a câmara segue as estrelas no céu, permanecendo apontada sempre para o mesmo ponto.
Isso é o que permite que a Via Láctea apareça “fixa” no time-lapse, enquanto a nosso planeta gira à volta.
E com isto, mudamos a nossa perspectiva da galáxia e do nosso lugar minúsculo dentro dela.