33 anos
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São 33, trinta e três anos. A vida tem sido como um livro repleto de capítulos inesperados, em que cada um conta uma história, um sentimento, uma experiência.
Cada pessoa com quem me cruzei e cada relacionamento que foi construído ensinaram-me sobre a beleza de um retiro partilhado. Houve aquelas que passaram pela minha vida como um vento forte, sacudindo as minhas certezas bem enraizadas, mas também quem trouxe novas perspectivas rasgando os meus horizontes. E houve aquelas que foram brisas suaves, sem exigir nada em troca.
Neste caminho, fui muitas vezes incompreendido, os meus gestos e as palavras distorcidas pelo prisma da percepção dos outros. Já fui má pessoa, julgado pelas minhas acções sem compreenderem as intenções. Mas também já fui bom demais, entregando-me de corpo e alma, oferecendo mais do que era possível.
Já julgaram o meu silêncio como indiferença e a minha independência como arrogância. Mas também já confundiram a minha generosidade com fraqueza. Espalhei amor de uma forma que poucos compreenderam, oferecendo a minha presença de forma genuína, mas sem apegos desnecessários.
Muitas vezes percorremos um caminho que parece levar-nos sempre ao ponto de partida, como se a vida fosse um labirinto sem saída. Agora, entendo que a vida é uma série de situações sobre as quais não temos grande poder de escolha, apesar de acreditarmos que controlamos cada acontecimento. No entanto, a realidade mostra-se frequentemente diferente. O “acaso”, as escolhas dos outros, e as forças externas têm uma força crucial no desenrolar da nossa história.
A vida é um livro, e cada capítulo, por mais pequeno que seja, tem o seu lugar único e insubstituível. No final, o caminho é mais importante do que o destino e as boas pessoas encontrarão sempre um solo fértil onde germinar.
E embora tenha um longo caminho pela frente, para terminar, acho que a vida é isto: uma interminável sucessão de fins e reinícios.
São “tlinta e tlês” anos. E a vida começa agora.