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Por que comemoramos o aniversário com um bolo?

por que comemoramos o aniversario com um bolo?

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Comer bolo ou soprar as velas são, hoje em dia, uma prática padrão nos aniversários de todo o mundo. Na verdade, é difícil imaginar um aniversário sem eles, não é verdade?

Pensamos nessas tradições como rituais inseparáveis que devem ser praticados nos aniversários porque são os fundamentos de uma festa de aniversário.

Mas o leitor já parou para se perguntar por que comemos bolo nos aniversários? Será que foi sempre assim? Além disso, por que colocamos velas nos bolos de aniversário e depois as sopramos? De onde vêm essas tradições? É isso que vamos descobrir neste artigo.

Os gregos
A deusa grega Ártemis era a deusa da Lua, da caça e da castidade. Os gregos faziam festas em sua homenagem, nas quais faziam bolos redondos e acendiam velas para simbolizar a Lua. A forma redonda dos bolos obviamente representaria a Lua cheia, enquanto as velas representavam a luz do nosso vizinho celestial mais próximo.

E os gregos tiraram essa ideia de celebração de onde? Pela cerimónia de coroação de um faraó.

Para os antigos egípcios, a coroação de um faraó representava o faraó a se tornar um deus, e por isso, a cerimónia de coroação foi amplamente celebrada. Os gregos emprestaram essa ideia de grandes celebrações em honra de uma pessoa ou de um deus.

Kinderfest
Especula-se que antes do surgimento das “festas de aniversário”, os romanos costumavam fazer bolos para comemorar os aniversários de pessoas mais “elevadas” na sociedade. Porém, a história de como os aniversários se tornaram “comemorações” com bolos começa muito mais tarde. Acredita-se que tenha tido origem na Alemanha, por volta de 1400/1500 d.C.

Na Alemanha, o “Kinderfest” era uma festa para as crianças. A palavra “Kinder” em alemão, significa crianças. Portanto, como o nome sugere, era uma festa para as crianças.

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Os alemães costumavam acreditar que as crianças eram altamente susceptíveis a qualquer dano que pudesse surgir de demónios ou espíritos malignos nos seus aniversários. Assim, os bolos eram assados pela manhã e a tradição de colocar tantas velas quanto a idade da criança (e mais uma extra), foi inventada aqui. A vela adicionar representava a esperança dos pais de que o seu filho vivesse mais um ano.

Os bolos com as velas eram preparados de manha e, assim que uma vela de apagava, era imediatamente substituída por outra. Esse processo continuava até à noite, quando as crianças apagavam as velas de uma vez. Desta forma, acreditava-se que as velas ajudavam a transferir os desejos das crianças para deus, enquanto soprá-las todas de uma vez tornava o desejo e a conexão mais forte entre a criança e deus.

Nesta época, a panificação só era possível com uso de fermento, o que tornava o processo longo e complicado. Então, como é que a panificação evoluiu para aquela que conhecemos hoje? E o que mudou?

Fermento em pó e a revolução industrial
Em 1800, Alfred Bird, um químico britânico, estava a trabalhar numa série de produtos alimentares e, em vez de usar ácido clorídrico (antes conhecido como ácido muriático, utilizado para iniciar o cozimento), Alfred combinou ácido tartárico, amido de milho e bicarbonato de sódio para fazer o “fermento em pó”.

Por mais simples que pareça, essa mudança foi extremamente importante. Agora os bolos podiam subir mais, serem mais leves e o processo ser muito mais rápido do que utilizar leveduras. Um bolo costumava significar uma guloseima achatada, redonda e cheia de frutas, mas as iguarias resultantes do fermento em pó era muito mais sofisticadas e deliciosas.

Essa receita veio na época em que a Revolução Industrial estava a ganhar força e um sistema capitalista estava a se instalar na Europa e em outras partes do mundo. Assim, com o fermento em pó capaz de reduzir o tempo de cozimento e com a produção em massa possibilitada pela revolução industrial, as padarias e pastelarias também se tornaram uma indústria em expansão onde todos podia ter um bolo e todos podiam comemorar o seu aniversário da forma certa.

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É interessante pensar na viagem que aquele bolo, tanto como conceito quanto como prato, percorreu ao longo da história. O que foi ontem, o que é hoje e o que poderá ser no futuro, é uma linha de pensamento interessante para muitas tradições. Combine essa reflexão com uma deliciosa fatia de bolo para uma experiência completa (já tem aqui aquela desculpa para comer mais uma fatia de bolo 🙂 ).

Apesar da sua história longa e complicada, uma coisa é certa: nenhum aniversário está completo sem bolo, velas e muitos festejos.

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rickyunic

Um projecto com mais de 19 anos, onde apresento e abordo assuntos que me interessam a cada momento da vida. Desde humor, a saúde, passando pela tecnologia, a sexualidade e a espiritualidade. Tudo é válido neste espaço. Conto consigo para passar um bom momento a dois. Peace and Love. Carpe diem. Namastê.

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