Suplementos durante a gravidez podem reduzir risco de autismo no bebé
Um novo estudo de grandes dimensões sugeriu que a toma de suplementos durante a gravidez pode ajudar a reduzir o risco de transtorno do espectro autista (TEA), ou autismo, no bebé.
A investigação efectuada até à data sobre a relação entre a suplementação com multivitaminas e ácido fólico e o TEA, tem revelado, até à data, resultados inconsistentes.
O estudo que foi conduzido por uma equipa de investigadores liderada por Stephen Levine da Universidade de Haifa, Israel, incluiu 45.300 crianças israelitas, nascidas de 26.702 mães, entre 2003 e 2007, e que foram seguidas até 2015.
Os investigadores recolheram informação sobre prescrições de suplementos passadas às mães antes da gravidez (entre 540 e 271 dias antes da gravidez) e durante a gravidez (entre 270 dias antes do parto e a data do parto).
Foi verificado que 572 das 45.300 crianças foram diagnosticadas com TEA.
A investigação da equipa apurou que o risco de TEA foi menor nos bebés cujas mães tinham tomado suplementos multivitamínicos e/ou de ácido fólico, tanto durante a gravidez, como antes, ou durante ambos os períodos.
Nos filhos cujas mães apresentavam doenças psiquiátricas, não se observou uma redução no risco de TEA com a suplementação, embora o tamanho da amostra tenha sido pequeno.
Os resultados deste estudo estão em conformidade com os de um estudo norueguês que associou a toma de ácido fólico, entre quatro semanas antes da gravidez e as oito semanas de gestação, com um risco menor de TEA.
Devido ao facto de este estudo ser observacional, não foi possível estabelecer uma relação causal entre a toma de suplementação e o risco reduzido de TEA. Adicionalmente, o estudo contém limitações, como a falta de irmãos como grupo de controlo.