Alergia ao Sol – sim, as alergias solares são reais
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A alergia ao sol é um termo usado frequentemente para descrever uma série de problemas em que uma erupção cutânea com comichão ocorre na pele que foi exposta à luz solar. Em alguns casos é uma reacção do sistema imunitário à luz solar. A forma mais comum de alergia ao sol são as erupções de luz polimórfica – fotossensibilidade, também conhecida como envenenamento solar. É considerado mais uma sensibilidade do que uma reacção alérgica, mas a verdade é que o verão pode tornar-se um verdadeiro inferno para estas pessoas que vêm a sua pele cheia erupções e bolhas que dão uma terrível comichão.
Os locais mais comuns incluem o “V” do pescoço, a parte de trás das mãos, a superfície externa dos braços e a parte inferior das pernas. Em casos menos frequentes, a reacção da pele pode ser mais severa, produzindo urticária ou pequenas bolhas que podem se espalhar para outras zonas da pele que estavam protegidas pela roupa.
Para estas pessoas, a luz ultravioleta do sol estimula uma resposta imunológica que inclui inflamação, inchaço, comichão e uma variedade de erupções cutâneas, incluindo pequenas bolhas e pele em forma de placa (como na psoríase). Apesar da comichão intensa, coçar é uma má ideia, já que ao rebentar as bolhas está a abrir uma porta para a entrada de vírus e outros agentes na corrente sanguínea.
Embora seja mais comum do que se pensa, cerca de 15% da população sofre com este problema, a comunidade médica ainda não sabe exactamente por que as pessoas têm alergia ao sol.
Por norma, coincide com o início do verão, quando estamos mais propensos a ter exposição ao sol e tende a desaparecer até ao final do verão.
As erupções são um grande indicador do que o que está a acontecer é uma reacção de luz polimórfica e não outro problema de pele. Na generalidade dos casos a reacção aparece cerca de quatro a seis horas depois da exposição ao sol e continua por alguns dias juntamente com vermelhidão, inchaço e comichão. Passado algum tempo o sistema imunitário diminui e a pele volta ao normal.
De forma a prevenir, embora apenas seja necessário pouca exposição para desencadear as erupções, é aconselhável evitar a exposição ao sol, durante o horário de pico, entre as 10/11h e as 15/16h, e principalmente a exposição súbita a muita luz solar. Utilize óculos de sol escuros e roupas de protecção como camisas de mangas compridas e chapéus de abas largas, evitando tecidos finos. Um protector solar também pode ser utilizado, com FPS 30, no mínimo.
Para sintomas graves e persistentes, deve consultar um médico especializado em tratar doenças da pele (dermatologista).
É verdade que não existe cura, mas pode forçar o seu corpo a lidar melhor com este problema.