Sobrevivência ao cancro tem aumentado, mas riqueza determina quem sobrevive
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Segundo um estudo, a taxa de sobrevivência ao cancro está a aumentar no mundo, mas o nível de vida nos países marca as hipóteses de sobreviver, sobretudo para as crianças.
Segundo apurou a agência Lusa, no cancro do cérebro, a taxa de sobrevivência em países como a Dinamarca ou a Suécia atinge os 80%, enquanto no México e Brasil menos de 40% das crianças afectadas consegue sobreviver pelo menos cinco anos depois de diagnosticada a doença.
Para Portugal, a taxa de sobrevivência no cancro do cólon situa-se perto dos 60%, enquanto a taxa de sobrevivência para o cancro da mama e a leucemia é cerca de 90%, números em linha com o que se passa nos EUA e em outros países europeus.
EUA, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia são os países com maiores taxas de sobrevivência, refere-se no estudo Concord 3, em que foram analisados os registos de 37,5 milhões de pacientes diagnosticados com cancro entre 2000 e 2014 em 71 países.
Nos países onde não há cuidados universais de saúde, os doentes e as famílias sofrem “catástrofes financeiras” para conseguir tratamento. Destaca-se por exemplo que a taxa de sobrevivência ao cancro da mama na Índia é de 66%.
As diferenças entre países reflectem-se também nos números da leucemia infantil, em que países como a China, México e Equador estão abaixo dos 60%, evidenciando “grandes deficiências no diagnóstico e tratamento de uma doença que é geralmente considerada como curável”.
O cancro do pâncreas continua a ser um dos mais letais, com a taxa de sobrevivência global entre 2010 e 2014 situada entre os 5% e os 15% e Portugal a registar sobrevivência entre 10% e 15%.
Quanto ao cancro do pulmão, registou-se uma taxa de sobrevivência média entre 10% e 20%, um intervalo em que Portugal também está.
No estudo destaca-se também que o cancro do fígado, que tem uma taxa de sobrevivência entre os 5% e os 30%, com Portugal entre os 10% e os 19%.
Via: Estudo publicado na “Lancet”, Artigo