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Aceite os outros como são. Julgue menos e seja mais feliz

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

O mundo é um lugar complicado, cheio de individualidades diversas, todas tentando entender o que está a acontecer ao seu redor.

É fácil tentarmos impor a nossa própria visão do mundo às pessoas ao nosso redor, pensando que o nosso ponto de vista é mais importante, mais perspicaz ou mais iluminado do que aqueles que têm opiniões diferentes da nossa.

O problema com essa perspectiva é que poucas pessoas querem admitir que podem estar erradas sobre como percebem o mundo. E aqueles que querem mudar a opinião dos outros fazem um péssimo trabalho de convencer sem insultar ou ofender.

Frequentemente, vemos as pessoas a cravar os calcanhares nas suas crenças quando se sentem atacadas, principalmente se não sentirem que há um problema com a forma como vêem o mundo.

Mas no final pode ser que a pessoa que está a tentar convencer esteja errada. Ou, mais provavelmente, que não exista, concretamente, um lado certo ou errado.

A capacidade de aceitar as outras pessoas pelo que elas são, em vez de por quem nós gostaríamos que elas fossem, é importante para tudo, desde relacionamentos mais saudáveis, manter o profissionalismo no local de trabalho e influenciar positivamente as pessoas à nossa volta.

É poderoso fazer uma conexão com alguém que nos aceita como somos e que nós aceitamos essa pessoa como é.

E como podemos chegar a esse ponto da aceitação?

 

É impossível sabermos tudo
A chave para aceitar os outros pelo que são é desmantelar o nosso próprio ego. Os humanos são criaturas julgadoras por natureza. Muitas vezes sentimos que necessitamos ter uma opinião sobre qualquer coisa que active a menor chama da nossa emoção e, quando nos emocionamos, geralmente tendemos a parar de pensar com clareza.

Quantas vezes você tomou uma decisão errada enquanto se emocionava com uma situação? Provavelmente mais do que uma vez!

Não é necessário que tenhamos uma opinião sobre cada pequena coisa no mundo. Na verdade, muitas vezes é melhor se não o fizermos, porque então podemos ser mais abertos e receptivos a novas ideias e perspectivas.

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Cada pessoa com quem nos cruzamos na vida saberá coisas que nós não conhecemos, terá experiências que nunca vivemos e carregará uma visão do mundo diferente da nossa.

E isso é maravilhoso! Cada pessoa é uma oportunidade de aprendizagem quando deixarmos a nossas próprias perspectivas de lado para simplesmente ouvir e estar com essa pessoa no seu mundo.

 

“Aceita que dói menos”
-Diogo Reffóios Cunha no Big Brother Portugal 2020

 

A única pessoa que podemos mudar é nós próprios

Aceitar as outras pessoas como elas são é muito mais fácil quando compreendemos que a única pessoa que podemos realmente mudar é nós próprios.

Não importa quanta pressão exerçamos, quanta influência ou quão convincente sejamos; uma pessoa que não quer mudar, não vai mudar. Ponto final.

A mudança é simples mas não é fácil. É simples porque podemos simplesmente definir uma nova meta e começar a trabalhar para alcançá-la. Não é fácil porque geralmente requer esforço e trabalho por um longo período de tempo para criar mudanças significativas.

E muitas pessoas simplesmente não querem fazer isso.

Muitas pessoas pensam que podem moldar os seus amigos, familiares ou namorados na pessoa que desejam. Normalmente o tiro sai pela culatra quando a vítima percebe que está a ser coagida ou guiada numa direcção que não quer necessariamente seguir.

As pessoas podem ser perfeitamente felizes e satisfeitas pela pessoa que são, para bem ou para o mal. E mesmo que tenham problemas sérios ou falhas, ninguém pode mudar isso, excepto elas.

A parte realmente difícil dessa compreensão é amar alguém que tem problemas sérios ou se recusa a tomar boas decisões. Podemos amar e tentar influenciar essa pessoa numa direcção positiva, mas isso não significa que ela fará o trabalho para melhorar.

 

Lembre-se de como se sentiu ao ser julgado por quem é
Uma boa maneira de entrar em sintonia com a empatia de alguém é lembrar como nos sentimos quando alguém nos julgou sobre alguma faceta da nossa personalidade, da nossa maneira de vestir, de falar, etc.

As pessoas adoram ser excessivamente críticas sobre coisas pelas quais não estão interessadas ou apaixonadas.

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Ninguém gosta de ser julgado. E é bom que nos lembremos de como nos sentimos quando as outras pessoas julgavam as nossas escolhas, gostos ou paixões quando começarmos a criticar algo em relação aos outros.

Ao fazermos isso, podemos reorganizar a nossa mente e aceitar mais os outros.

Todos estamos apenas a fazer o melhor que podemos e sabemos com as circunstâncias que nos são dadas.

O principal ponto aqui é que não é o nosso trabalho julgar os outros pelo modo como eles lidam com a vida, nem mesmo é nosso papel tentar mudar as pessoas para torná-las “melhores”. O nosso trabalho e papel nesta vida é simplesmente viver de forma consistente na nossa própria luz, amor e verdade.

Somos todos mestres uns dos outros. A tolerância, o respeito e aceitação é a base.

Aceitar não significa concordar. Aceitar vai para além de qualquer julgamento. E seremos mais felizes quando aceitarmos os outros pelo que são e como querem ser, dando-lhes mais espaço para encontrarem o seu próprio caminho e aprenderem a sua própria verdade.

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rickyunic

Um projecto com mais de 19 anos, onde apresento e abordo assuntos que me interessam a cada momento da vida. Desde humor, a saúde, passando pela tecnologia, a sexualidade e a espiritualidade. Tudo é válido neste espaço. Conto consigo para passar um bom momento a dois. Peace and Love. Carpe diem. Namastê.

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