A viúva negra
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Na nossa vida existem figuras que se escondem nas sombras, disfarçadas sob a aparência de uma beleza sinistra, envolvendo todos à sua volta em teias mortais, como a própria viúva negra. Uma criatura que, com capacidades mortais, tece a teia da sua influência, agarrando aqueles que se ousam aproximar.
A sua presença é como a sedução de uma noite escura, onde os corações mais destemidos se aventuram, apenas para se perderem no abismo da sua toxicidade. Os olhos que a contemplam são capturados, cativos de uma ilusão doce e amarga, que subtilmente consome a alma.
Cada palavra que ela pronuncia é como um veneno que flui pelas veias das suas presas, minando subtilmente a sanidade e a confiança. Os seus gestos suaves como a brisa, escondem a crueldade que espreita por trás de uma criatura luminosa. Aqueles que se atrevem a aproximar, ficam presos num emaranhado de emoções complexas e incapazes de escapar do seu controlo.
A viúva negra, mestre na sua arte mortal, tece as suas teias com uma destreza indomável. Ela manipula as mentes das suas presas, transformando-as em marionetas desorientadas, dançando conforme a sua vontade, ao som de uma melodia sinistra.
Mas, há algo de trágico nesta história… pois, sob a máscara da crueldade, esconde-se uma criatura que também sofre. Uma alma atormentada pelas suas próprias teias, prisioneira da sua própria escuridão. A viúva negra é, de certa forma, vítima do seu próprio veneno, enredada num ciclo de autodestruição do qual não pode escapar.
Muitas vezes, as pessoas que mais nos prejudicam são aquelas que carregam as cicatrizes mais profundas. São almas feridas que, pela sua própria dor, causam sofrimento aos que as rodeiam.
O Anjo da Noite