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Porque é que temos mais fome quando emagrecemos?

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

 

Um estudo recente ajudou a perceber a razão pela qual é tão difícil manter um peso saudável após se ter emagrecido de forma substancial.

O estudo que foi conduzido por Cátia Martins, do Departamento de Medicina Clínica e Molecular da Universidade de Ciências e Tecnologia Norueguesa, e equipa, teve por base o acompanhamento de 34 pacientes com obesidade mórbida que participaram num programa integrado de perda de peso e revelou que o problema poderá residir na sensação de fome.

Todos os pacientes pesavam em média 125 quilogramas no início do estudo. Nas três primeiras semanas frequentaram um centro de especializado na abordagem da obesidade, onde praticaram exercício físico regularmente e receberam educação nutricional e apoio psicológico.

Este formato foi repetido a cada seis meses ao longo dos dois anos.

Nas primeiras semanas os participantes perderam cerca de cinco quilogramas. Ao fim dos dois anos todos os participantes tinham perdido uma média de 11 quilogramas. Mas todos sentiam mais fome do que no início do estudo. Em cada 10 participantes, dois, ou seja, 20% conseguiram manter o peso após o emagrecimento.

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A chave parece residir no equilíbrio entre as hormonas da fome e da saciedade em quem perde muito peso. De uma perspectiva puramente biológica, dois factores parecem estar envolvidos: evolução humana e a capacidade de o organismo assegurar a sua sobrevivência. Um é uma hormona, a da fome, e o outro é a capacidade de o organismo conservar energia.

Quando uma pessoa com excesso de peso emagrece, o estômago liberta quantidades elevadas de uma hormona que nos faz sentir fome, a grelina. Os níveis de grelina dos participantes mantiveram-se altos ao longo do estudo, ou seja, não se ajustaram ao novo peso, o que significa que posteriormente tiveram que lidar com uma maior sensação de fome.

Por outro lado, um indivíduo obeso necessita de mais energia para efectuar as funções vitais, mas quando emagrece passa a necessitar de menos pois o corpo é mais leve. No entanto, sentem-se com mais fome porque o corpo está a tentar recuperar o peso perdido, caso necessite. Sobrevivência.

Cátia Martins concluiu que a obesidade é um problema para a vida e como tal deve ser tratada como uma doença crónica em que o paciente deverá receber continuado.

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Via: Estudo publicado na “American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, artigo

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rickyunic

Um projecto com mais de 19 anos, onde apresento e abordo assuntos que me interessam a cada momento da vida. Desde humor, a saúde, passando pela tecnologia, a sexualidade e a espiritualidade. Tudo é válido neste espaço. Conto consigo para passar um bom momento a dois. Peace and Love. Carpe diem. Namastê.

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