Alimentação desordenada em jovens prejudica a saúde a longo termo
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Os jovens adultos que seguem uma alimentação desordenada poderão ter a sua saúde afectada a longo prazo, indicou um novo estudo.
A alimentação desordenada caracteriza-se pela arbitrariedade em decidir-se se se está com fome ou saciado, independentemente de como o individuo se sente, pelo consumo de bebidas não calóricas para não se sentir fome e por dietas excessivamente rigorosas ou abstenção de determinados alimentos com o intuito de se perder peso, usando desculpas como razões éticas ou de saúde.
Conduzido por investigadores liderados por Anna Keski-Rahkonen da Universidade de Helsínquia, Finlândia, o estudo analisou o tipo de alimentação seguido por homens e mulheres aos 24 anos de idade e mais tarde aos 34 anos.
A alimentação desordenada foi considerada como indicador de peso corporal mais elevado, de perímetro abdominal maior e um menor bem-estar psicológico, assim como uma auto-avaliação da saúde geral pior, tanto aos 24 como aos 34 anos.
Os investigadores recrutaram mais de 4.900 jovens homens e mulheres finlandeses. Os investigadores questionaram os participantes sobre o seu comportamento alimentar, peso, bem-estar psicológico e saúde aos 24 anos, através de questionários. Dez anos mais tarde, os participantes foram novamente avaliados e questionados sobre os mesmos temas.
Após terem considerado todas as variáveis, foi verificado que a alimentação desordenada estava associada a um menor bem-estar psicológico em homens e mulheres, aos 24 e 34 anos, e a uma auto-avaliação pior da saúde nos homens aos 34 anos de idade.
“Estes resultados provam que a alimentação desordenada é prejudicial para a saúde física e psicológica de jovens adultos tanto a curto como a longo prazo. Estudos anteriores estabeleceram que o pouco bem-estar psicológico e uma má auto-avaliação da saúde são antecipadores de uma maior susceptibilidade para as doenças físicas e mortalidade”, disse Ulla Kärkkäinen, investigadora neste estudo.
“Mesmo que os sintomas não constituam um distúrbio alimentar clínico, o reconhecimento e tratamento precoce é importante, também para os homens”, acrescentou a especialista.
Estudo publicado na “European Eating Disorders Review”