Yoga e síndrome metabólica: o que diz a ciência
Um novo estudo indicou que a prática do yoga poderá beneficiar os pacientes com síndrome metabólica através da promoção dos mecanismos subjacentes a esse benefício.
O estudo conduzido por uma equipa de investigadores liderada por Parco Siu da Universidade de Hong-Kong na China, propôs investigar os efeitos da prática prolongada daquela modalidade em indivíduos com síndrome metabólica, uma doença que está associada à diabetes de tipo 2 e às doenças cardiovasculares.
A equipa de Parco Siu tinha já conduzido um estudo que revelou que os praticantes de yoga durante um ano apresentavam um menor perímetro abdominal e tensão arterial mais baixa.
Para o presente estudo, os investigadores recrutaram 97 voluntários com síndrome metabólica e tensão arterial normal-alta, que foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos: um grupo de prática de yoga e outro que serviu de controlo.
Os voluntários do grupo do yoga, seguiram um programa em que praticaram a modalidade três vezes semanalmente, com uma hora por sessão, durante o período de um ano. Os participantes do grupo de controlo não receberam qualquer intervenção, excepto contactos mensais para monitorização do estado de saúde dos mesmos.
Os investigadores monitorizaram ainda os soros dos pacientes para analisar as adipocinas, que são proteínas sinalizadoras segregadas pelo tecido adiposo que instruem o sistema imunitário para libertar uma resposta inflamatória ou anti-inflamatória.
Como resultado, foi verificado que “a prática, durante um ano, de yoga fez diminuir as adipocinas pró-inflamatórias e aumentar as adipocinas anti-inflamatórias em adultos com [síndrome metabólica] e tensão arterial normal-alta”.
Os autores do estudo avançaram ainda que “estes achados suportam o papel benéfico do yoga na gestão da [síndrome metabólica] através da modulação, de forma favorável, das adipocinas”.
Via: Estudo publicado na “Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports”, Photo by Artem Beliaikin from Pexels, artigo
